A pele da passadeira de roupas é lisa
Longo e pontiagudo é o consertador de guarda-chuvas
A vendedora de frangos parece um frango depenado
Brilham demônios nos olhos do inquisidor
Há duas moedas entre as pálpebras do avarento
Os bigodes do relojoeiro marcam as horas
Tem teclas as mãos da secretaria
O carcereiro tem cara de preso e o psiquiatra, cara de louco
O caçador transforma-se no animal que persegue
O tempo transforma os amantes em gêmeos
O cão passeia o homem que passeia
O torturado tortura os sonhos do torturador
Foge, o poeta, da metáfora encontrada no espelho.
( me esqueci de anotar o nome do autor)
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
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